A cidade de Ribeirão Preto
Ribeirão Preto foi escolhida para abrigar a Faculdade de Direito de Ribeirão Preto porque é uma região economicamente importante no campo brasileiro – tem um dos maiores PIBs entre 30 cidades brasileiras. No passado, Ribeirão Preto era um centro de produção de café, responsável por grande parte do crescimento da cidade na primeira metade do século passado. Embora agora a sua produção agrícola seja apenas uma fração do que era no passado, Ribeirão continua a ser um dos centros onde os agricultores, empresários e políticos convergem para discutir e elaborar políticas para o setor.
Ribeirão Preto está localizado em uma das regiões de maior desenvolvimento, sendo uma das cidades mais ricas do Estado de São Paulo. A cidade merece destacar-se por sua economia diversificada e seu alto padrão de vida (renda, consumo e expectativa de vida ). A renda per capita é semelhante à de alguns países da Europa Mediterrânea e duas vezes maior que a média brasileira.
Está situada a 313 quilômetros de distância da capital do Estado, e está muito perto de centros consumidores importantes. A alta qualidade dos transportes, comunicações e infra-estrutura garante fácil acesso a essas áreas. É uma cidade tipicamente urbana, cuja economia forte é suportada pela agricultura, comércio e indústria de serviços.
História
A cidade foi fundada em junho de 1856 por agricultores vindos do sudeste do Estado de São Paulo em busca de bom clima e solo para o cultivo de café. Eventualmente, a escolha dos agricultores revelou-se como muito adequada e o solo fértil da região de Ribeirão Preto possibilitou a maior produtividade da cultura no Brasil.
O rápido desenvolvimento do cultivo do café trouxe riqueza e progresso para a cidade, que, por volta de 1880, tornou-se o maior produtor de café do mundo. Café, o “ouro verde”, como era chamado, foi responsável por uma espécie de “corrida do ouro” na região, que atraiu trabalhadores e aventureiros de várias partes do mundo. O fim da escravidão criou uma forte demanda por mão de obra e os “barões do café”, como os produtores de café foram chamados, estimularam a imigração européia – principalmente da Itália, mas também de Portugal, Espanha e Alemanha – para Ribeirão Preto. Mais tarde, após o crash da bolsa em 1929, vários destes imigrantes compraram as fazendas de seus antigos empregadores endividados.
Economia
Após o acidente New York Stock Exchange de 1929 a economia de Ribeirão Preto, com base em um único produto de exportação, entrou em colapso, e a cidade teve que se adaptar a uma nova situação. Como a cidade é relativamente longe de outros grandes centros urbanos brasileiros, ela encontrou uma nova vocação econômica nos serviços e setor comercial, que foi desenvolvido para atender as demandas locais e regionais.
O segundo boom econômico na história de Ribeirão Preto ocorreu após a crise do petróleo (1973 e 1979) da década de 1970. O aumento do preço do petróleo forçou o Brasil a procurar meios alternativos de abastecimento e a solução encontrada foi o programa de álcool combustível, ou Pro-Álcool, como era chamado. O Pró-Álcool levou ao desenvolvimento de uma tecnologia que permite a utilização de etanol (álcool de cana de açúcar) e diminui as emissões poluentes. Devido ao programa Pró-Álcool, os agricultores da região de Ribeirão Preto foram incentivados por subsídios do governo para plantar cana. A alta produtividade da terra em torno de Ribeirão Preto rapidamente colocou a região como o maior produtor de etanol e açúcar do mundo, sendo responsável por 30 por cento do etanol combustível no Brasil.
Além de açúcar e etanol, os principais produtos de Ribeirão Preto são: suco de laranja, algodão, arroz, carne, produtos lácteos, têxteis, máquinas, aço, móveis, materiais de construção, produtos agroquímicos, produtos farmacêuticos e cerveja. A cidade abriga a “Agrishow” um evento internacional anual de grande porte de caráter agrícola.
Cultura
No início do século 20 e durante suas três primeiras décadas, Ribeirão Preto era uma cidade rica, apresentando várias mansões, café de estilo europeu, cabarés e até mesmo duas casas de ópera. Uma das casas de ópera – o Teatro Carlos Gomes (em homenagem ao compositor de ópera brasileiro Carlos Gomes) – foi demolido em 1949, mas o outro o “Pedro II Theatre” (nome em homenagem ao Imperador Dom Pedro II), que data da década de 1920 – resistiu o tempo e foi restaurado e modernizado nos anos 1990. Seu teto, completamente destruído em um incêndio em 1980, foi reconstruído e ganhou um novo design projetado pelo artista nipo-brasileira Tomie Ohtake. O Teatro Pedro II é agora o terceiro maior teatro de ópera no Brasil e abriga a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, uma das mais antigas e mais importantes do Brasil.
Um fato importante para a vida da cidade ocorreu em 1911 com a abertura de sua primeira fábrica, a Antarctica. Foi a Antarctica que construiu o Teatro Pedro II. A fábrica Antarctica levou à abertura de várias casas de cerveja na cidade e uma delas, chamado Pinguim tornou-se particularmente famoso e fez Ribeirão Preto nacionalmente conhecida pela qualidade de seu chope (chope ou chopp em Português Brasileiro). Muitas pessoas dizem que Pinguim tem o melhor chope do Brasil e tornou-se tão popular que é agora um símbolo da cidade.
A cidade tem um clima quente, o que faz com que as pessoas saiam à noite para conversar e apreciar cervejas frias em bares. Por isso, a cidade está repleta de bares, dos ” botequins” simples ou ” botecos ” que se podem encontrar em quase todos os cantos.
Anualmente, a cidade abriga uma série de eventos, como a Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto (segunda maior feira ao ar livre no Brasil) e a Stock Car Brasil, entre outros.